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Dois PDTs irreconciliáveis

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As feridas abertas na eleição de 2022 ainda não cicatrizaram no PDT Ceará. Isso ficou mais evidente após a reunião dessa sexta-feira, 29, da Executiva estadual com membros da legenda, mostrando que o partido continua dividido em duas partes irreconciliáveis.

Cid quer a reconstrução da aliança entre PDT e PT, no entanto, esse ainda é um tema sensível para ser tratado entre os pares, já que o próprio André Figueiredo pediu a retirada do tema da pauta da reunião. Mas, somente isso não foi suficiente para evitar que as discordâncias aparecessem e tomassem conta do local, tornando o ambiente do encontro nada amigável.

Pela verdade, Cid e André possuem formas diferentes de conduzir o PDT após 2022. André, ligado a Roberto Cláudio e Ciro Gomes, quer um partido longe do PT, enquanto Cid caminha na direção contrária, tendo atitudes que, em 2024, refletirão na eleição para a Prefeitura de Fortaleza, como a aceitação da desfiliação de Evandro Leitão do partido, que conta com grande apoio do PT para ser o nome a disputar o Paço Municipal da Capital.

Porém, apesar de discordarem em alguns pontos, Cid e André ainda convergem em um tema: manter o PDT forte e como o maior partido do Ceará. No entanto, sem concordância entre os dois, esses objetivos poderão ficar somente na área do planejamento, já que o pleito de 2024 se aproxima e não há previsão de que um dos lados levante a bandeira branca e ceda às vontades do outro.

Caso continue assim, o PDT continuará a se diluir em discordâncias e brigas infrutíferas, que só apagarão a glória daquele que ainda é considerado o maior do partido do Ceará, mas que se perde ainda mais na falta de diálogo interno.